terça-feira, 29 de novembro de 2011

Graduações e mais graduações...



Na última postagem feita pelo meu amigo João Ramalho no seu blog, colocava ele uma questão pertinente:
Tendo em conta que alguns instrutores se dedicam única e exclusivamente à competição, negligenciando o treino de Kata tradicional (o termo é para diferenciar apenas do shitei kata) e alguns outros componentes do treino, como é que se processariam os exames de graduação a estes karatekas? 
A questão além de pertinente, é um alerta, a meu ver, para aqueles que "vivem e respiram" competição. Estes treinadores tem todo o mérito por serem formadores de karatekas de competição, alguns com grande sucesso, mas que são apenas competidores a partir da altura em que o seu treino se resume a isso. Compreendo que os treinos de competição sejam bastante absorventes deixando pouco tempo livre para treinar o karate tradicional, mas isso é um problema a resolver, a meu ver, pelo treinador. Agora, fazer um exame de graduação a dois karatekas - um que faz o treino total de karate com todos os seus componentes e outro que apenas faz kumite de competição - e atribuir uma graduação igual, não concordo. O Karate não se "vende às fatias", é um todo. É uma disciplina que envolve muitos conceitos e muitas vertentes que se interligam. É uma disciplina que requer o envolvimento total do karateka na aquisição de novas técnicas e no aperfeiçoamento das já adquiridas. O arsenal técnico do karate "completo" promove a multi-adaptação a várias situações de combate que não se revêm só na competição, na minha modesta opinião. Promover dois sistemas de graduação é dividir o karaté em dois. Então o que fazer? Na minha opinião, o programa de exames deve ser único e intocável. Se o karateka deseja fazer competição, que o faça mas sem prejuízo do seu treino dito tradicional, com todas as componentes que o constituem e que participe num exame de graduação onde lhe seja exigido tudo o que faz parte do programa de avaliação. 
Opinião pessoal, nada mais...

domingo, 27 de novembro de 2011

Baú de recordações...

Esta foto remonta a 1989 algures na Caparica, num daqueles treinos de praia que o pessoal do Clube Atlético de Queluz fazia.
Normalmente a um Domingo de manhã, lá íamos nós (de transportes públicos... carrinho era para os ricos) fazer um treininho com vista para o mar. Normalmente, no final, ia tudo ao banho com o karate-gi vestido e tudo. 
Nesta foto resolvi executar um yoko tobi geri, porque era obrigatório ter uma foto a fazer isto (quem é que não tem uma destas?) contra um "arrepiado" António Corral. A "crista" que estou a exibir na foto deve-se ao vento e não à promoção do filme Tintin. 
Bons tempos... bons amigos... boas recordações. 

sábado, 26 de novembro de 2011

Os Leões e as Águias...

Vai ser levado a cabo o muito falado "derby" entre o Sporting e o Benfica. Sempre que estes dois grandes clubes se encontram, dispara a polémica. Desta vez é a "rede" colocada na área onde os sportinguistas vão assistir ao jogo, com a finalidade de conter qualquer arremesso ou invasão para a área dos adeptos benfiquistas.
Um jogo de futebol é um espectáculo. É para assistir ao espectáculo que as pessoas se deslocam aos estádios, no entanto, misturadas nestas pessoas, vão sempre indivíduos com um grau de fanatismo tal que nada os detém para "estragar a festa". Todos sabemos isso e sempre, mas sempre, acontecem incidentes. 
Ouço constantemente as pessoas lamentarem-se de não poderem levar os filhos aos estádios devido ao risco elevado de agressão ou tumulto. A polícia tem a ingrata missão de conter qualquer "perturbação" que aconteça. Ingrata porque tem de usar os meios mais indicados para o efeito mas sem esquecer as objectivas dos jornalistas e as menos objectivas críticas que estes profissionais "atiram" sempre que a autoridade tem de usar a força.
Está aqui uma polémica que acho ser descabida - as redes são necessárias para que se possa assistir ao espectáculo sem receio de levar com um objecto na cabeça. Acabei de ver uma reportagem na TV perto do Estádio da Luz em que a jornalista relatava o facto de alguém, enquanto ela dirigia a reportagem, ter arremessado na sua direcção um garrafa. Não tenhamos dúvidas... anda por aí uma "classe de indivíduos" que não gosta de futebol - é fanática e irresponsável e põe em risco a integridade física de quem apenas quer desfrutar de um bom jogo. Comportem-se com o civismo que o jogo e as pessoas merecem.
E depois dizem que o karaté é um desporto violento...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Artistas???

Sou praticante de uma arte marcial. A ser verdade, sou um "artista" marcial, correto? E todos os praticantes da "arte" são, por definição, artistas.
Ora bem. Eu gostava de ser escultor. Agarro num bloco de pedra e num cinzel e toc...toc...toc... começo a "lascar" o bloco segundo a minha visão. Estou a imaginar uma figura feminina em pose sensual expondo toda a sua aura de feminilidade. Toc...toc...toc... demorei dois anos mas finalmente a escultura está pronta. Ali está ela... tal e qual eu imaginava: Perfeita. Não hesito em expô-la porque quero partilhar a minha "arte". circulo pela "galeria" e ouço os comentários dos que observam a minha obra: - Mas que merda é esta? - diz um sujeito, em voz baixa, para o amigo que o acompanhava. "Isto é horrível"  - diz uma rapariga ao namorado. e foi assim durante toda a exposição. A minha "escultura" não agradou a ninguém e eu não percebia, afinal eu era um artista, eu tinha iniciado a prática da arte da escultura. Porque é que ninguém me disse que, para se ser artista, tem de se ter talento para produzir uma obra de arte, não bastando "fazer".
Assim sendo, porque é que praticamos uma "Arte Marcial" ? Até porque se observarmos bem nem sempre é Arte e quase nunca Marcial porque este ultimo termo tem a ver com a guerra (independentemente da filosofia de alguns que reclamam o termo com sendo uma guerra consigo próprios).
Então a expressão "Arte Marcial" está correta? Se calhar não. Então como lhe vamos chamar? Forma de combate? Desporto de combate? Não sei. Eu chamo-lhe apenas Karate e não o insiro na categoria de Arte Marcial porque não sou artista. Sou apenas praticante. Quando muito tenho a aspiração a ser artista, sendo o mais provável nunca o vir a ser. 
Artista Marcial é coisa que não existe, na minha opinião. Somos praticantes de karate, iniciados, o que quiserem... artistas? Hummm...não me parece.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Veni, Vidi, Vici...

Amigos fiéis deste humilde blog. Aviso que ainda estou vivo. A razao porque nao tenho vindo ao blog é a mesma porque nao estou a usar acentuacao de palavras. Estou em Roma (Italia, nao é na Avenida de Roma...) e a usar um teclado da idade da pedra.
Assim sendo, apresento as minhas desculpas pela escrita "cuneiforme". A proposito: visitem esta bela cidade... vale a pena. Tem tudo o que é monumento, e tudo muito perto... Espectaculo. Nao se deixem é aldrabar por estes gajos que so se nao puderem é que nao vos sugam a alma... latinos... o que se ha-de fazer?
Estive no Coliseu e dei comigo a pensar organizar um estàgio de Goju-Ryu là, com leoes e tudo (Nao estou a falar do Sporting). Seria giro e "Kaizen" em italiano pronuncia-se da mesma maneira. Se o Bruce Lee esteve la com o Chuck Norris, porque é que a Kaizen nao pode la ir? Ah... é verdade... ainda nao somos federados...
Sr. Presidente Joao Ramalho... falta-nos essa...

Abraços a todos e Arrivederci!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Taira Sensei... fast and effective!

Aqui está um vídeo do Sensei Masaji Taira, um dos expoentes máximos do Goju-Ryu, executando e explicando algumas técnicas de kata adaptadas ao close-combat como ele "gosta". 
Vale a pena ver a velocidade de execução e a visível eficácia.


Espectáculo!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sensei Onaga... the man!





Tivemos novamente, este fim de semana, o privilégio de poder treinar com o Sensei Ryoichi Onaga - 9º Dan.
Mais uma vez tivemos a oportunidade de corrigir e aperfeiçoar o nosso karate sob a supervisão de um dos grandes mestres de Goju-Ryu mundiais.
A convite do Sensei Armando Inocentes, num fim se semana chuvoso, encaminhei-me para o Pavilhão da Escola visconde da Juromenha na Tapada das Mercês. 
Foi um estágio muito bom, como aliás seria de esperar, mas fico sempre com a sensação de "sabor a pouco". O tempo passa muito depressa e o trabalho que se começa a desenvolver dá a sensação de ficar "a meio". Mas, mesmo assim, foi muito bom. O Sensei Onaga é uma referência no Goju-Ryu.
Foi, como seria de esperar, muito bom...

sábado, 12 de novembro de 2011

Gekisai Renzoku Bunkai - Classe infantil em Okinawa... vale e pena ver a disciplina e a forma sincronizada com que estas crianças trabalham... será genético, uma questão de atitude ou uma forma de ensinar com muito rigor?


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Bercy 2010...

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=LPQmZB04CoA

Coordenação, Concentração e Espectáculo.


Não sendo adepto do karate de competição, não posso deixar de admirar uma exibição destas. A kata Unsu (Shotokan) executada em perfeita sincronia, dando um espectáculo visual fabuloso.


Perante isto quem pode negar a beleza de uma kata executada na sua plenitude?