Sou um utilizador diário dos comboios da linha de Sintra. Cruzo-me todos os dias com pessoas de todo o tipo e atitudes. Recentemente tenho deparado com uma espécie de indivíduos cuja atitude em público me leva a pensar que nós, simples mortais, existimos apenas para os servir.
Hoje, quando regressava a casa vindo do trabalho, entrei no comboio, sentei-me, abri um livro que tem sido a minha companhia nos transportes, e absorvi-me na leitura. A dado momento, com a chegada de mais passageiros, senta-se no banco em frente ao meu mas ao lado, um jovem que rondaria os seus 17/18 anos. Boné de lado, calças descaídas a mostrar o cu, headphones enfiados nas orelhas. Até aqui, embora repare nestes pormenores, não dei muita importância. Eis que o raio do puto se "esparrama" no banco e abre as pernas como se estivesse na sua própria cama, invadindo o exíguo espaço que me estava reservado. Não contente com isto levanta uma pata e apoia o "casco" enfiado num nojento sapato de ténis no banco da frente (ao lado do meu) repousando a sua perninha cansada, provavelmente de estar o dia inteiro sentado no sofá a "dedilhar" Playstation, à minha própria perna, essa sim, legitimamente cansada de um dia inteiro de trabalho .
Ora se fosse um elemento do sexo oposto, talvez tirasse algum prazer da situação, o que não era o caso... o chavalo, além de ser "chavalo", era repulsivo.
Eu normalmente até costumo ver, ouvir e calar. Quando não gosto de determinado tipo de atitudes (especialmente aquelas em que o respeito desta gente é directamente proporcional à sua inteligência), até costumo ignorar. O que se passa é que aquele jovem "animal" não deve ter sido habituado a respeitar o espaço dos outros, talvez por ter pais permissivos demais que o tenham mimado ao ponto de não ter em conta a liberdade e os direitos dos outros.
É como digo... até costumo "comer e calar". Acontece que hoje tive um dia lixado no trabalho... vinha cansado e um pouco irritadiço, confesso. Então resolvi dar uma palavrinha ao "bichinho", ainda educadamente - "Não se importa de se chegar um pouco para lá porque não me consigo mexer?" - embora a minha vontade fosse dizer: "Ouve lá ó animal, foi isso que te ensinaram lá em casa? Não tens outro sítio para pôr as patas?" - mas não... até fui educado. Resposta daquela "amiba": "Qual é problema, sô?" (Só pela "construção" da frase vê-se logo o tipo de bicharoco que ali estava.) - Pois é malta... raramente me salta a tampa mas hoje... foi o dia! Guardei "calmamente" o livro no saco que trazia comigo e então fui MUITO MAIS EXPLÍCITO! A razão porque isto está em maiúsculas é porque as coisas azedaram um pouco. Eu tenho muitos cabelos brancos o que leva a crer a estes gajos que sou um "velhote" daí que encham o peito de ar a assemelhar-se ao perú que trincho no Natal, e tentem ir mais além. Não...não fui violento nem passei à acção física embora até apetecesse, mas "verbalizei" de tal forma e em tal tom que até me assustei a mim próprio. Já viram "O Exorcista"? - Foi tal e qual mas sem o vómito. Enfim... a "discussão" durou até à estação de Benfica onde aquele "objecto" se despejou, não sem antes se dirigir, pelo lado de fora, à janela onde estava o meu lugar e largar uma série de "ataques verbais" numa língua estranha, produto do cruzamento entre o crioulo e o parvalhês.
Já de manhã tinha vindo o caminho todo a "gramar" um indivíduo, de telemóvel na mão, a ouvir uma coisa que se situa entre os tambores da selva Amazónica e a matança de um porco, mas sem usar headphones (parece ser moda entre algumas etnias) partilhando o "sofrimento" com toda a gente que ia no comboio e estando-se a cagar (desculpem o termo, mas tem de ser) para os diferentes gostos musicais de cada um, mas especialmente da hora da manhã em que a malta ainda vem um pouco a dormir.
O que será que se passa com esta gente?Estamos cá todos para os servir? Digam lá... uma chapada no focinho aqui não ia mesmo a calhar? Não era pedagógico? Não será a única forma destes "merdosos" entenderem que o mundo é de todos? Ah é a irreverência da juventude, dirão os mais permissivos - eu chamo-lhe falta de respeito e de educação além de ser um atropelo à liberdade dos outros. É que se o puto até tivesse retirado a perninha e não tivesse aberto o bico, as coisas ficavam assim... mas não... esta malta tem de "avacalhar" e depois dá nisto. O problema aqui é que, se as coisas aquecem de tal modo que o puto parte para a "física" é uma chatice... um gajo dá-lhe uns tabefes ou enfia-lhe o pé pela boca dentro, e o que é que acontece? Tem problemas porque é um jovenzinho, menor de idade, e vai ficar traumatizado... e eu fico "legalmente" fodido! (hoje estou um bocado ordinário, mas estou empolgado!)
Pois é. Se me estás a ouvir ó puto ranhoso, não te fies nisso. Se tiveres que levar com um pé na focinheira, levas mesmo - isto é verdadeira pedagogia... daquela que não consta nos manuais - mas muito eficaz!
Desculpem o desabafo, mas como já referi...hoje estou irritadiço!
Caro Zé, já experimentaste deixar de andar de comboio?
ResponderEliminarOs rapazes até são educados... é como aqueles que repetem todos os dias as cinco máximas e depois chegam à assembleia geral e votam mesmo com cadernos eleitorais fraudulentos!
Eu não ando de comboio, mas percebo-te.
ResponderEliminarSe calhar se fosses sózinho a coisa até passava, mas como levavas o livro que te tem acompanhado nos ultimos três anos, a coisa azedou.
Tens de fazer como um amigo meu, quando sentia o seu espaço invadido cagava-se e depois perguntava "qual é o problema?"
Pois o problema é que esses xungosos, se levam no fucinho passam a ser as vitimas e um gajo é que lixa...com F.Eu não ando de comboio mas ando no Metro e é a mesma mer#@, depois vêm-nos acusar de racismo, mas o problema não é a cor da pele é a falta de educação, mas esses nem sabem o que é isso.Acho mesmo que nem com uns correctivos entendem.
ResponderEliminarOss!
O problema será o mesmo que referi há algum tempo em outro post do blog: Educação.
ResponderEliminarAi de mim na minha altura eu responder à letra a uma pessoa mais velha que eu. Era logo um "bilhete fiscal". Falta disciplina e educação nesta juventude de hoje. Umas boas sacudidelas metiam alguns no sítio.
No entanto há excepções que nos fazem ter esperança nesta geração.
Cumprimentos.
Sensei Ramalho,
ResponderEliminargabo-lhe o controle de não dar um "sêco" na tromba do "bixo"...
Eu sou apologista de partir braços e/ou dedos neste tipo de coisas... De preferência no meio de confusão e alarido para dar menos nas vistas...
Naturalmente que não é situação de ferir a "fera" e ficar lá para lhe pagar o "doi-doi" no hospital e ter de aturar a familia toda do gajo a fazer juras de morte até à 5ª geração.
Se toda a gente for ao focinho a estes "animais" e os aleijar a sério, depressa deixa de acontecer coisas dessas como a que se passou consigo.
Com "conversa" não se resolve nada.
Extendo este tratamento a brancos, amarelos, verdes, azuis, vermelhos e não exclusivamente a negros, muito embora reconheça a "estirpe" mais causadora de problemas desse e de outros géneros.
Cumprimentos,