domingo, 25 de dezembro de 2011

A Família está sempre primeiro...

Há alturas na vida em que nos sentamos a pensar naquilo que fizemos ao longo da nossa existência. Os deveres do Homem que deverá cumprir durante a sua vida: Plantar uma árvore, escrever um livro e fazer um filho, para mim, resumiram-se no bisar do terceiro dever. Talvez porque não tenho tempo nem paciência para escrever um livro e nunca fui muito bem sucedido a plantar fosse o que fosse (nem consegui manter um pequeno Bonsai que adquiri há uns tempos e que lutou com bravura, sozinho, para se manter vivo, não tendo sido bem sucedido no final).
Assim, fiquei-me pela parte dos filhos. Tenho dois. Penso que assim, repetindo a façanha, compensei de alguma forma a "falha" nos deveres omissos.
De qualquer modo, sinto que os filhos foram, de facto, uma obra muito bem sucedida. São dois belos "moços" com princípios, lutadores e inteligentes (esta foi a minha herança... junto com a modéstia). 
Sempre os admirei por serem aquilo que qualquer pai desejaria. Foram sempre motivo de orgulho e nunca nos deram preocupações para além daquelas que são normais quando se cria um filho. São hoje pessoas bem sucedidas na vida, encaminhadas nas suas escolhas profissionais e muito "chegados" à família. Posso dizer que sou membro de uma família relativamente grande que, à parte aquelas pequenas coisinhas, se mostrou sempre unida. Foi sob o lema "A Familia está sempre primeiro", instituído pelos meus pais que me tenho regido ao longo da minha própria vida. Tenho 3 irmãos dos quais me orgulho também, e que se regeram sempre por este lema. Todos temos "feitios" diferentes mas todos nos harmonizamos. e principalmente... conseguimos transmitir aos nossos filhos que este lema deverá ser sempre presente - A FAMÍLIA ESTÁ SEMPRE PRIMEIRO. 
Não sou cristão nem crente em religião nenhuma. Nunca acreditei em "entidades divinas" de ordem alguma. Não sendo religioso não posso deixar de reconhecer que, a altura do Natal é uma ocasião especial. Não pelo "fundo" religioso da coisa, mas pelo espírito de união entre as famílias que é levado ao seu expoente máximo, nesta altura. O ser humano é dotado de emoções que, em condições especiais, se expandem contagiando os outros. Passei a consoada ontem, junto de família. Esposa, filhos, irmão, cunhada e sobrinhos. É bonito poder ver a harmonia que existe entre os nossos filhos e os seus primos - como se de irmãos se tratasse - e podemos assim reconhecer que a mensagem que recebemos dos nossos pais, foi bem encaminhada. 
A Família está sempre primeiro - não precisamos mais de os lembrar! É uma regra assumida e respeitada. Estou a alguns meses de me tornar avô. Acredito que aquele ou aquela que irá aumentar a nossa família será educado(a) com esta regra como base. Porque tem de ser. Porque é fundamental. 
Avizinham-se tempos difíceis. Todos vamos ter de ser fortes e fazer sacrifícios porque não vai ser fácil. Agora, mais do que nunca, devemos elevar o conceito que nos tem mantido unidos - A Família está sempre primeiro. A Família estará sempre primeiro... aconteça o que acontecer.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Os 60 Anos de um grande Clube...


 O Real Sport Clube comemorou ontem os seus 60 anos. A cerimónia desta comemoração teve lugar no Centro Lúdico de Massamá e contou com a presença do Secretário de Estado do Desporto, do (ainda) presidente de Federação Portuguesa de Futebol Gilberto Madaíl e do vice presidente da Câmara municipal de Sintra, entre outros.

Com um auditório cheio, o Centro Lúdico serviu também de palco a uma justa homenagem. O Sr. José Pereira Libório foi homenageado pelo seu trabalho em prol do Real e da comunidade onde este grande Clube se insere. José Libório foi, sem sombra de dúvida, o grande impulsionador do Clube. O Real é o que é devido ao seu incansável presidente. Ganhou prestígio e é hoje um clube admirado pela sua integridade e pelo seu sucesso.
Como responsável pela classe de Karate foi com enorme prazer que me juntei ontem às comemorações acompanhado pelo presidente da Kaizen, João Ramalho, que foi também convidado.
A classe de karate do Real deve muito a José Libório. Nunca se poupou a esforços para apoiar as classe gìmnicas estando sempre atento às suas necessidades. Dono de um grande coração e pessoa afável, José Libório é e será sempre, o Presidente do Real Sport Clube. 
Todos os que usaram da palavra ontem foram unânimes - O Real estará sempre ligado a José Libório e o seu trabalho nunca será esquecido. 
Aproveitando esta efeméride, foram entregues os emblemas de prata e ouro, aos sócios com 25 e 50 anos.
Foi também apresentado o novo site ( http://www.realsportclube.com/) agora mais intuitivo e moderno, com pesquisa mais facilitada e dinâmica, que convido a visitarem.

Aproveitando esta data, gostaria de endereçar aqui à direcção do Real todo o apoio que temos tido tanto na aquisição de material como de ajuda na organização de eventos, tendo mostrado sempre uma abertura que é fundamental para que o nosso trabalho seja mais produtivo.

Parabéns REAL SPORT CLUBE!

domingo, 4 de dezembro de 2011

O poder da mensagem...

Ser administrador de um blog é dispor de uma forma de emitir opiniões e expô-las. Isto tem a vantagem de se partilhar ideias. A internet é um meio fascinante de partilha que tem os seus inconvenientes.
Numa das ultimas postagens do blog "karate-do.pt" do Sensei Armando Inocentes, acusava ela a cobardia dos comentários anónimos de que tinha sido alvo (embora eu tivesse procurado no referido blog esse comentário, não o encontrei). Esta forma de manifestar opiniões onde se esconde a identidade de quem a emite é comparável aqueles que, desagradados com alguém, esperam que ele se ausente para riscar o carro - um acto de cobardia sem efeito prático. Digo sem efeito prático porque alguém que não se identifica não tem moral para ser levado a sério. Não estou a escrever isto em defesa do Sensei Armando por duas razões: A primeira, porque ele já mostrou saber defender-se sem precisar de ajuda e a segunda, porque eu próprio já fui "vítima" de comentários anónimos (porque será que só os comentários desagradáveis são publicados por anónimos?). 
Quando se publica qualquer coisa num blog tem de esperar todo o tipo de reacções - as boas e as más - mas é suposto ser assim mesmo, senão o a discussão terminava, a "polémica" do tópico morria, e instalava-se o tédio. Não é essa a missão do blog. A missão de um blog é comunicar e interagir. Eu considero positivas todas as mensagens deixadas no blog que administro (este mesmo), positivas desde que o seu autor se identifique. Não posso nem quero "brandir armas" com adversários invisíveis ou camuflados porque se assim fosse, ia para Ninja.
Compreendo no entanto, a indignação de quem escreve, e vê comentada de forma jocosa e/ou depreciativa a sua publicação. Não é justo nem sério. 
Quem se esconde tem algo a esconder - diz o povo - e não deve ser levado a sério, ora é para ser levado a sério que, certamente, tal personagem faz o comentário, logo existe aqui uma contradição.
Bem, o que quero dizer é que comentem - dizendo bem ou mal - mas com uma condição: mostrem ter tomates para assumir a polémica que pretendem gerar. "Quem tem telhados de vidro, não deve arremessar pedras" (não sei se é assim o ditado, mas fica a ideia).
Já repararam que os autores dos artigos dos seus blog´s não demonstram medo quando publicam? E já pensaram que são eles que expõem claramente as suas ideias e abrem portas a quem deseje comentar? Não é honesto, isto? Então onde está a honestidade de "responder" escondido atrás das "cortinas"? Vá lá gente... comentem à vontade mas mostrem que os têm no sítio e assumam, como nós, as vossas posições, identificando-se sem medo... vou deixar aqui um provérbio ligeiramente "alterado" para caber nesta conversa: "Dos cobardes não reza a História!"
Abraços "frontais e honestos" para todos...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Graduações e mais graduações...



Na última postagem feita pelo meu amigo João Ramalho no seu blog, colocava ele uma questão pertinente:
Tendo em conta que alguns instrutores se dedicam única e exclusivamente à competição, negligenciando o treino de Kata tradicional (o termo é para diferenciar apenas do shitei kata) e alguns outros componentes do treino, como é que se processariam os exames de graduação a estes karatekas? 
A questão além de pertinente, é um alerta, a meu ver, para aqueles que "vivem e respiram" competição. Estes treinadores tem todo o mérito por serem formadores de karatekas de competição, alguns com grande sucesso, mas que são apenas competidores a partir da altura em que o seu treino se resume a isso. Compreendo que os treinos de competição sejam bastante absorventes deixando pouco tempo livre para treinar o karate tradicional, mas isso é um problema a resolver, a meu ver, pelo treinador. Agora, fazer um exame de graduação a dois karatekas - um que faz o treino total de karate com todos os seus componentes e outro que apenas faz kumite de competição - e atribuir uma graduação igual, não concordo. O Karate não se "vende às fatias", é um todo. É uma disciplina que envolve muitos conceitos e muitas vertentes que se interligam. É uma disciplina que requer o envolvimento total do karateka na aquisição de novas técnicas e no aperfeiçoamento das já adquiridas. O arsenal técnico do karate "completo" promove a multi-adaptação a várias situações de combate que não se revêm só na competição, na minha modesta opinião. Promover dois sistemas de graduação é dividir o karaté em dois. Então o que fazer? Na minha opinião, o programa de exames deve ser único e intocável. Se o karateka deseja fazer competição, que o faça mas sem prejuízo do seu treino dito tradicional, com todas as componentes que o constituem e que participe num exame de graduação onde lhe seja exigido tudo o que faz parte do programa de avaliação. 
Opinião pessoal, nada mais...

domingo, 27 de novembro de 2011

Baú de recordações...

Esta foto remonta a 1989 algures na Caparica, num daqueles treinos de praia que o pessoal do Clube Atlético de Queluz fazia.
Normalmente a um Domingo de manhã, lá íamos nós (de transportes públicos... carrinho era para os ricos) fazer um treininho com vista para o mar. Normalmente, no final, ia tudo ao banho com o karate-gi vestido e tudo. 
Nesta foto resolvi executar um yoko tobi geri, porque era obrigatório ter uma foto a fazer isto (quem é que não tem uma destas?) contra um "arrepiado" António Corral. A "crista" que estou a exibir na foto deve-se ao vento e não à promoção do filme Tintin. 
Bons tempos... bons amigos... boas recordações. 

sábado, 26 de novembro de 2011

Os Leões e as Águias...

Vai ser levado a cabo o muito falado "derby" entre o Sporting e o Benfica. Sempre que estes dois grandes clubes se encontram, dispara a polémica. Desta vez é a "rede" colocada na área onde os sportinguistas vão assistir ao jogo, com a finalidade de conter qualquer arremesso ou invasão para a área dos adeptos benfiquistas.
Um jogo de futebol é um espectáculo. É para assistir ao espectáculo que as pessoas se deslocam aos estádios, no entanto, misturadas nestas pessoas, vão sempre indivíduos com um grau de fanatismo tal que nada os detém para "estragar a festa". Todos sabemos isso e sempre, mas sempre, acontecem incidentes. 
Ouço constantemente as pessoas lamentarem-se de não poderem levar os filhos aos estádios devido ao risco elevado de agressão ou tumulto. A polícia tem a ingrata missão de conter qualquer "perturbação" que aconteça. Ingrata porque tem de usar os meios mais indicados para o efeito mas sem esquecer as objectivas dos jornalistas e as menos objectivas críticas que estes profissionais "atiram" sempre que a autoridade tem de usar a força.
Está aqui uma polémica que acho ser descabida - as redes são necessárias para que se possa assistir ao espectáculo sem receio de levar com um objecto na cabeça. Acabei de ver uma reportagem na TV perto do Estádio da Luz em que a jornalista relatava o facto de alguém, enquanto ela dirigia a reportagem, ter arremessado na sua direcção um garrafa. Não tenhamos dúvidas... anda por aí uma "classe de indivíduos" que não gosta de futebol - é fanática e irresponsável e põe em risco a integridade física de quem apenas quer desfrutar de um bom jogo. Comportem-se com o civismo que o jogo e as pessoas merecem.
E depois dizem que o karaté é um desporto violento...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Artistas???

Sou praticante de uma arte marcial. A ser verdade, sou um "artista" marcial, correto? E todos os praticantes da "arte" são, por definição, artistas.
Ora bem. Eu gostava de ser escultor. Agarro num bloco de pedra e num cinzel e toc...toc...toc... começo a "lascar" o bloco segundo a minha visão. Estou a imaginar uma figura feminina em pose sensual expondo toda a sua aura de feminilidade. Toc...toc...toc... demorei dois anos mas finalmente a escultura está pronta. Ali está ela... tal e qual eu imaginava: Perfeita. Não hesito em expô-la porque quero partilhar a minha "arte". circulo pela "galeria" e ouço os comentários dos que observam a minha obra: - Mas que merda é esta? - diz um sujeito, em voz baixa, para o amigo que o acompanhava. "Isto é horrível"  - diz uma rapariga ao namorado. e foi assim durante toda a exposição. A minha "escultura" não agradou a ninguém e eu não percebia, afinal eu era um artista, eu tinha iniciado a prática da arte da escultura. Porque é que ninguém me disse que, para se ser artista, tem de se ter talento para produzir uma obra de arte, não bastando "fazer".
Assim sendo, porque é que praticamos uma "Arte Marcial" ? Até porque se observarmos bem nem sempre é Arte e quase nunca Marcial porque este ultimo termo tem a ver com a guerra (independentemente da filosofia de alguns que reclamam o termo com sendo uma guerra consigo próprios).
Então a expressão "Arte Marcial" está correta? Se calhar não. Então como lhe vamos chamar? Forma de combate? Desporto de combate? Não sei. Eu chamo-lhe apenas Karate e não o insiro na categoria de Arte Marcial porque não sou artista. Sou apenas praticante. Quando muito tenho a aspiração a ser artista, sendo o mais provável nunca o vir a ser. 
Artista Marcial é coisa que não existe, na minha opinião. Somos praticantes de karate, iniciados, o que quiserem... artistas? Hummm...não me parece.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Veni, Vidi, Vici...

Amigos fiéis deste humilde blog. Aviso que ainda estou vivo. A razao porque nao tenho vindo ao blog é a mesma porque nao estou a usar acentuacao de palavras. Estou em Roma (Italia, nao é na Avenida de Roma...) e a usar um teclado da idade da pedra.
Assim sendo, apresento as minhas desculpas pela escrita "cuneiforme". A proposito: visitem esta bela cidade... vale a pena. Tem tudo o que é monumento, e tudo muito perto... Espectaculo. Nao se deixem é aldrabar por estes gajos que so se nao puderem é que nao vos sugam a alma... latinos... o que se ha-de fazer?
Estive no Coliseu e dei comigo a pensar organizar um estàgio de Goju-Ryu là, com leoes e tudo (Nao estou a falar do Sporting). Seria giro e "Kaizen" em italiano pronuncia-se da mesma maneira. Se o Bruce Lee esteve la com o Chuck Norris, porque é que a Kaizen nao pode la ir? Ah... é verdade... ainda nao somos federados...
Sr. Presidente Joao Ramalho... falta-nos essa...

Abraços a todos e Arrivederci!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Taira Sensei... fast and effective!

Aqui está um vídeo do Sensei Masaji Taira, um dos expoentes máximos do Goju-Ryu, executando e explicando algumas técnicas de kata adaptadas ao close-combat como ele "gosta". 
Vale a pena ver a velocidade de execução e a visível eficácia.


Espectáculo!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sensei Onaga... the man!





Tivemos novamente, este fim de semana, o privilégio de poder treinar com o Sensei Ryoichi Onaga - 9º Dan.
Mais uma vez tivemos a oportunidade de corrigir e aperfeiçoar o nosso karate sob a supervisão de um dos grandes mestres de Goju-Ryu mundiais.
A convite do Sensei Armando Inocentes, num fim se semana chuvoso, encaminhei-me para o Pavilhão da Escola visconde da Juromenha na Tapada das Mercês. 
Foi um estágio muito bom, como aliás seria de esperar, mas fico sempre com a sensação de "sabor a pouco". O tempo passa muito depressa e o trabalho que se começa a desenvolver dá a sensação de ficar "a meio". Mas, mesmo assim, foi muito bom. O Sensei Onaga é uma referência no Goju-Ryu.
Foi, como seria de esperar, muito bom...

sábado, 12 de novembro de 2011

Gekisai Renzoku Bunkai - Classe infantil em Okinawa... vale e pena ver a disciplina e a forma sincronizada com que estas crianças trabalham... será genético, uma questão de atitude ou uma forma de ensinar com muito rigor?


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Bercy 2010...

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=LPQmZB04CoA

Coordenação, Concentração e Espectáculo.


Não sendo adepto do karate de competição, não posso deixar de admirar uma exibição destas. A kata Unsu (Shotokan) executada em perfeita sincronia, dando um espectáculo visual fabuloso.


Perante isto quem pode negar a beleza de uma kata executada na sua plenitude?

domingo, 23 de outubro de 2011

Sensei Onaga em Portugal...

Mais uma vez teremos em Portugal o Sensei Ryoichi Onaga - 9º Dan, uma referência do Karate Mundial.

Apelo a todos os que puderem participar, que o façam. É um evento que se recomenda dada a qualidade indiscutível do orientador. 
Recordo que este evento é exclusivamente para os membros da Kaizen, PGKS e OGKK.
ó 
Eu lá estarei (se não houver nada impeditivo).

Data: 11, 12 e 13 de Novembro

Local: EB 2/3 Visconde de Juromenha, Tapada das Mercês (Mem Martins, Sintra).

Horário:
6ª feira - 19.30-21.00;
sábado - 16.30-18.00 e 18.00-19.30;
domingo - 11.00-12.30



PARTICIPEM!!!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A Kaizen no futuro...

A Kaizen é uma Associação onde o progresso e a evolução dos seus associados são prioritários. Apesar de recente, reúne um grupo de instrutores com bastante valor e dedicados, que anseiam acima de tudo, pela preservação dos valores do karate em geral e do Goju-Ryu em particular. 
Apesar de ser uma associação maioritariamente Goju, partilha com elementos de outros estilos,  experiências e sessões de trabalho o que faz dela, uma associação aberta. Esta é uma norma essencial do seu regulamento bem como o aperfeiçoamento técnico dos seus instrutores.
A Kaizen tem assim, uma dinâmica de trabalho que é um exemplo. O potencial humano que dispõe é enorme e terá de ser movimentado para que a dinâmica não esmoreça ou se perca. Os jovens karatekas graduados terão de ser os impulsionadores da sua Associação. Os destinos e orientação da Kaizen têm estado nas mãos de 5 ou 6 instrutores mais antigos o que é bom e mau. Bom porque a experiência de vida é uma mais valia mas mau porque não se tem dado oportunidade dos jovens mostrarem o seu valor. Seria bom ver associados ao destino da Kaizen, rostos jovens que pudessem pôr ao serviço de todos, novas ideias e linhas de direcção, contando sempre, obviamente, com o apoio dos mais velhos.

Somos uma Associação de peso e que está a deixar marca indelével no panorama do karate nacional... aos poucos começamos a ser conhecidos e reconhecidos, mas também temos tido "ventos contrários" fruto de algumas frustrações e rancores de entidades e pessoas que, não tendo a capacidade de aceitar direcções e atitudes diferentes, tudo fazem, para minar mentalidades e colocar obstáculos ao nosso percurso. Não nos afecta... já não. O que nos afecta é a inércia e a incompetência e será contra ela que iremos (já estamos) a lutar.

Estamos no bom caminho e estamos equipados com aquilo que precisamos para o trilhar. O importante em todo este processo, são as pessoas - aquelas a quem devemos apoio mas também aqueles que precisam de nos dar apoio.





domingo, 9 de outubro de 2011

A new face of Goju...



Este 1º Retiro de Cintos Negros terminou. Foram dois dias de treino e convívio, mas, sobretudo, de absorver novas ideias. 
Este evento teve como orientador o Sensei Aivaras Engelaitis, da Jundokan, na linha de treino do Sensei Masaji Taira.
Este é, sem dúvida, um Goju Ryu onde sobressaem diferenças acentuadas na concepção e execução. Com particular incidência no trabalho de cintura, esta linha Goju assenta na geração de energia pela rotação da anca que imprime potência às pernas e braços, numa eficácia incontestável.
O Sensei Aivaras tem,na minha opinião e além da sua competência técnica, a facilidade de explicar com enorme clareza bem com o de demonstrar, a eficácia das técnicas apresentadas.
Com alguma exigência do ponto de vista físico (quem olha para o Sensei Aivaras não adivinha a força e a rapidez de execução) os treinos decorreram de forma absorvente, de tal forma que não houve um único treino em que o tempo não tenha "voado".
Com 36 participantes, esta Retiro foi, na minha opinião, um enorme êxito. O convívio foi excepcional, os treinos foram alucinantes... e o Peixoto continua "contundente". O Sensei Armando Inocentes foi "impedido" de completar as sessões de treino por lesão, mas acredito que não deixou de aproveitar a qualidade dos treinos que pôde fazer.
As sessões de Cervejola também foram excelentes. Bom companheiro da boa da "jola", o Sensei Aivaras mostrou ser também bastante divertido nos convívios entre treinos.
Tivemos vários convidados: 3 colegas espanhóis, amigos do Shito e do Shotokan. O Sport Hotel da Golegã soube, mais uma vez, receber-nos com a qualidade e simpatia do costume. Desta vez pudemos usar a piscina interior que deu para recobrar do calor que se fez sentir mas também para "partir" os putos todos que, quando chegaram ao treino pareciam Koalas a roer folhas de eucalipto.
Na minha opinião este não é, definitivamente, o nosso Goju-Ryu mas é, sem dúvida um Goju eficaz e fascinante. 
O espantoso deste "encontro" de Cintos Negros é que foi apenas com a kata gekisai dai ichi e algumas aplicações que se ocupou todo o programa de treinos, e o tempo... foi insuficiente!
Eu gostei muito, mas mesmo muito. Foi uma "lufada de ar fresco" em termos técnicos e um fim de semana divertido pelo agradável convívio.
   

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sensei Leonardo Pereira no Real...







Aceitando o meu convite para orientar uma aula aos karatekas do Real, o meu amigo e colega Sensei Leonardo Pereira, foi ontem ao nosso Dojo para cumprir a promessa.
Com "casa cheia", o Sensei Leonardo ofereceu-nos uma aula onde o kihon de base e a defesa pessoal com características do nosso estilo, foram as notas dominantes. Bastante comunicativo e interactivo, o Sensei Leonardo, usando como parceiro o André Mira, demonstrou a sua visão do Goju-Ryu que coincide no essencial com a minha própria: Competição é competição, mas não é karate pleno. O treino "marcial" ou "tradicional" (seja qual for o termo preferido) é o verdadeiro karate onde todos os recursos energéticos e técnicos podem e devem ser utilizados. 
Foi uma aula onde o tempo voou, e muito interessante. Bastante ligado à perfeição técnica sem prejuízo da nossa própria interpretação do karate, o Sensei Leonardo foi bastante "didáctico" chamando à atenção para a preservação dos valores individuais, humanos e sociais.
Tivemos a visita do Sensei Nelson Gomes e da sua "comitiva" que quis aproveitar a oportunidade de treinar com o Sensei Leonardo Pereira e beneficiar também desta partilha.

Foi mais uma grande e boa experiência. Renovo aqui em meu nome e de todos os participantes na aula, os meus agradecimentos ao Leonardo pela disponibilidade e pelo empenhamento.


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Educação, Liberdade e Respeito...

Sou um utilizador diário dos comboios da linha de Sintra. Cruzo-me todos os dias com pessoas de todo o tipo e atitudes. Recentemente tenho deparado com uma espécie de indivíduos cuja atitude em público me leva a pensar que nós, simples mortais, existimos apenas para os servir. 
Hoje, quando regressava a casa vindo do trabalho, entrei no comboio, sentei-me, abri um livro que tem sido a minha companhia nos transportes, e absorvi-me na leitura. A dado momento, com a chegada de mais passageiros, senta-se no banco em frente ao meu mas ao lado, um jovem que rondaria os seus 17/18 anos. Boné de lado, calças descaídas a mostrar o cu, headphones enfiados nas orelhas. Até aqui, embora repare nestes pormenores, não dei muita importância. Eis que o raio do puto se "esparrama" no banco e abre as pernas como se estivesse na sua própria cama, invadindo o exíguo espaço que me estava reservado. Não contente com isto levanta uma pata e apoia o "casco" enfiado num nojento sapato de ténis no banco da frente (ao lado do meu) repousando a sua perninha cansada, provavelmente de estar o dia inteiro sentado no sofá a "dedilhar" Playstation, à minha própria perna, essa sim, legitimamente cansada de um dia inteiro de trabalho . 
Ora se fosse um elemento do sexo oposto, talvez tirasse algum prazer da situação, o que não era o caso... o chavalo, além de ser "chavalo", era repulsivo.
Eu normalmente até costumo ver, ouvir e calar. Quando não gosto de determinado tipo de atitudes (especialmente aquelas em que o respeito desta gente é directamente proporcional à sua inteligência), até costumo ignorar. O que se passa é que aquele jovem "animal" não deve ter   sido habituado a respeitar o espaço dos outros, talvez por ter pais permissivos demais que o tenham mimado ao ponto de não ter em conta a liberdade e os direitos dos outros.
É como digo... até costumo "comer e calar". Acontece que hoje tive um dia lixado no trabalho... vinha cansado e um pouco irritadiço, confesso. Então resolvi dar uma palavrinha ao "bichinho", ainda educadamente - "Não se importa de se chegar um pouco para lá porque não me consigo mexer?" - embora a minha vontade fosse dizer: "Ouve lá ó animal, foi isso que te ensinaram lá em casa? Não tens outro sítio para pôr as patas?" - mas não... até fui educado. Resposta daquela "amiba": "Qual é problema, sô?" (Só pela "construção" da frase vê-se logo o tipo de bicharoco que ali estava.) - Pois é malta... raramente me salta a tampa mas hoje... foi o dia! Guardei "calmamente" o livro no saco que trazia comigo e então fui MUITO MAIS EXPLÍCITO! A razão porque isto está em maiúsculas é porque as coisas azedaram um pouco. Eu tenho muitos cabelos brancos o que leva a crer a estes gajos que sou um "velhote" daí que encham o peito de ar a assemelhar-se ao perú que trincho no Natal, e tentem ir mais além. Não...não fui violento nem passei à acção física embora até apetecesse, mas "verbalizei" de tal forma e em tal tom que até me assustei a mim próprio. Já viram "O Exorcista"? - Foi tal e qual mas sem o vómito. Enfim... a "discussão" durou até à estação de Benfica onde aquele "objecto" se despejou, não sem antes se dirigir, pelo lado de fora, à janela onde estava o meu lugar e largar uma série de "ataques verbais" numa língua estranha, produto do cruzamento entre o crioulo e o parvalhês.

Já de manhã tinha vindo o caminho todo a "gramar" um indivíduo, de telemóvel na mão, a ouvir uma coisa que se situa entre  os tambores da selva Amazónica e a matança de um porco, mas sem usar headphones (parece ser moda entre algumas etnias) partilhando o "sofrimento" com toda a gente que ia no comboio e estando-se a cagar (desculpem o termo, mas tem de ser) para os diferentes gostos musicais de cada um, mas especialmente da hora da manhã em que a malta ainda vem um pouco a dormir. 

O que será que se passa com esta gente?Estamos cá todos para os servir? Digam lá... uma chapada no focinho aqui não ia mesmo a calhar? Não era pedagógico? Não será a única forma destes "merdosos" entenderem que o mundo é de todos? Ah é a irreverência da juventude, dirão os mais permissivos - eu chamo-lhe falta de respeito e de educação além de ser um atropelo à liberdade dos outros. É que se o puto até tivesse retirado a perninha e não tivesse aberto o bico, as coisas ficavam assim... mas não... esta malta tem de "avacalhar" e depois dá nisto. O problema aqui é que, se as coisas aquecem de tal modo que o puto parte para a "física" é uma chatice... um gajo dá-lhe uns tabefes ou enfia-lhe o pé pela boca dentro, e o que é que acontece? Tem problemas porque é um jovenzinho, menor de idade, e vai ficar traumatizado... e eu fico "legalmente" fodido! (hoje estou um bocado ordinário, mas estou empolgado!)
Pois é. Se me estás a ouvir ó puto ranhoso, não te fies nisso. Se tiveres que levar com um pé na focinheira, levas mesmo - isto é verdadeira pedagogia... daquela que não consta nos manuais - mas muito eficaz!

Desculpem o desabafo, mas como já referi...hoje estou irritadiço!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Karate é karate...excepto quando não é!

Não me levem a mal... eu respeito todos. Karate é karate...excepto quando não é karate! Eu passo a explicar: assisti a uma demonstração de karate que teria, entre outras coisas, a finalidade de divulgar a arte. Ora bem... eu gosto de pensar que pratico karate... pelo menos ando nisto há alguns anos. No entanto alguém me disse há algum tempo que um gajo que é mau carpinteiro, se continuar na profissão, com o passar do tempo, será um experiente mau carpinteiro. Sendo assim deixo aqui esta reserva - posso andar nisto há algum tempo mas não ser bom "carpinteiro", mas...acho que ainda sei reconhecer as virtudes da arte que abracei há mais de duas décadas. O que vi naquela demonstração foi uma forma artística com "notas"de karate. 
Não tenho nada contra as katas musicais nem contra os mawashi´s em círculo ao estilo Jean Frenette - acho até engraçado, mas qualquer semelhança com karate é pura coincidência. Posso ter assistido a uma demonstração preparada para ser um entretenimento e não tenho nada contra isso, se assim for. Agora se aquele é o karate "diário" de um Dojo, vão-me desculpar mas não vejo utilidade nenhuma naquilo e  a eficácia, a meu ver, é duvidosa.
Quando se demonstra o karate, pelo menos comigo é assim, deve-se mostrar aquilo que é a sua essência - o trabalho de concentração, uma kata executada com todos os ingredientes e um kumite onde sobressaia a eficácia se aplicado em toda a sua pujança. Uma demonstração onde todos os intervenientes saltitam constantemente e aplicam uma espécie de "tsukis" ao som de música, é unicamente espectáculo e se assim for, tudo bem, ficamos com o espectáculo, mas é divulgação de karate? Penso que não. 
Há, no entanto, lugar para todos. Se aquele é o karate com o qual as pessoas se identificam, óptimo! Para as crianças pode até ser útil porque tem uma componente ludica válida e aí, tudo bem, mas é pena se ficar por ali... tem de haver mais qualquer coisa.
Voltamos aqui à eterna questão: Estará o karate onde a espectacularidade se impõe à eficácia,  a assassinar barbaramente o karate tradicional?
Quando assisto a demonstrações deste tipo fico a pensar se serei eu que estou no caminho errado, porque  é o que se vê mais.
Não estou aqui a censurar outras visões e posturas relativamente ao karate
Uma coisa é certa... quando vou assistir a uma demonstração de karate, estou à espera de ver karate. Não se trata de uma questão de fidelidade ao estilo porque já vi excelentes demonstrações de karate de estilos diferentes do meu onde se mostrou verdadeiro karate.
Aquilo foi...bem...foi qualquer coisa, mas karate... duvido!

sábado, 24 de setembro de 2011

Ontem decorreu uma "guerra" Norte-Sul que, ao que parece, foi transmitida pela TV. Refiro-me ao Benfica-Porto, é claro. 
Sempre que isto acontece a afluência aos treinos diminui consideravelmente e foi o que aconteceu ontem. Com a classe reduzida a 6 "resistentes" resolvi trabalhar a kata Kururunfa ao pormenor.
Como éramos poucos, deu para corrigir alguns pequenos erros de execução e, ao mesmo tempo, trabalhar os movimentos de transição entre técnicas.
Kururunfa é uma kata que gosto particularmente pela sua forma fluída mas forte, pelo que foi de grande agrado meu quando a "resposta" do meu pessoal a este trabalho foi muito boa. 
Dissecámos a kata, repetindo várias vezes o mesmo movimento, transmitindo sensações e regras que fazem da Kururunfa uma das katas mais belas do sistema Goju.
O tempo passou de tal forma que ninguém se apercebeu que já passava da hora do fim do treino, o que é prova da atmosfera de treino que se gerou. 
Gostei da forma com o tempo passou porque revela o espírito de partilha e descoberta que ali predominou. 
Fomos poucos mas bons... e sempre tivemos um resultado melhor que o Benfica e o Porto, porque nós...ganhámos!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Retiro de Cintos Negros KKP

A poucos dias do Retiro de Cintos Negros estamos já no limite das inscrições. Até ao momento estamos com 36 participantes o que é muito bom.
Apesar das inscrições terem sido feitas à moda da minha terra - devagarinho e tarde - lá fui conseguindo que o pessoal "acordasse" e se inscrevesse. Nada de novo neste capítulo - estamos em Portugal e tudo se faz na maior das calmas.
De qualquer modo estamos, como disse, no limite das inscrições. 
Espera-se um evento muito interessante onde possamos, especialmente, conviver. É importante o trabalho técnico entre os yudanshas mas também a oportunidade de nos reunirmos em ambiente descontraído para trocar ideias e conceitos.
O local é excelente - na Golegã - numa unidade hoteleira vocacionada para a prática desportiva, o Sport Hotel.
Já conhecemos o local porque foi onde levámos a cabo o nosso último Kangeiko e ficámos "clientes". Boas instalações, boa comida e boas infraestruturas desportivas a somar à grande simpatia de todo o pessoal que nos acolheu.
Tenho esperança que vá ser um excelente fim de semana. 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Versos para as Marchas da Ajuda...


No karate nada se muda
e tudo fica camuflado
com eleições na Ajuda
quase nada foi mudado

Sempre os mesmos no poder
sempre os mesmos a mandar
continuam-nos a f....
e nós sempre a acreditar

A vaquinha é bem gordinha
ano e ano sempre a dar
vamos mantê-la quietinha
qu´é pró leite não secar

Todos os anos pagamos
pagamos mas é pra quê?
se nem sequer, admitamos
estamos na FNK-P.

Estou-me pouco importando
que tenho pouco beneficio
mas custa-me estar pagando
para sustentar "o vício".








sábado, 17 de setembro de 2011

Então foi assim...

Nós fomos lá. Nós entrámos no edifício apesar das más caras que nos lançaram. Foi na Ajuda mas, ironicamente não temos tido nenhuma (ajuda...entenda-se).
Estamos na FNK-P há anos mas não estamos. Não somos membros... toleram-nos porque precisam do "guito" que nós lá encaixamos todos os anos. Já estou a ouvir as "vozes"... aquelas que gritam: "Injustiça! Nós trabalhamos que nos fartamos... se temos falhas é porque somos humanos!"Pois é... mas é uma característica da espécie humana aprender com os erros (aliás até os macacos já o fazem, há anos!). Se de facto se trata de um erro. Eu, como sou desconfiado (sou alentejano e não me fio no pessoal da capital!) não acredito em erros destes. Não senhor... isto é certamente, outra coisa. 
Quem é que lá estava? Os mesmos de sempre! Quem se manifestava como se nadasse em águas infestadas de tubarões mas com o comportamento do grande Tubarão Branco? Os mesmos de sempre! Eu, como sou desconhecido da maioria, passei despercebido (ou talvez não) mas eu não queria passar despercebido... 
O nosso Presidente queria manifestar o seu desagrado pelo facto de nos ser constantemente recusada a nossa admissão plena na FNK-P (Não consigo pôr isto de outra forma), mas não o deixaram... não era oportuno porque eram eleições e nós não somos membros... é irregular... muito irregular e vai contra o regulamento. Mas esperem lá... não é contra o regulamento uma Associação ao fim de 3 anos não ser admitida??? Afinal o regulamento só tem uma porta e daquelas que abrem sempre para o mesmo lado. Estamos lixados com "F" maiúsculo!
Então a nossa "delegação" foi passear até à Ajuda para quê? Para ver as mesmas caras de sempre dominarem o meio... 
A Kaizen não tem tubarões... nem sequer uma puta duma piranha para lhes fazer frente... a Kaizen tem sardinhas... das gordas que deitam muito "suco" quando ardem nas brasas e que no fim... são comidas.
Só espero que quando chegar a minha vez tenham uma caganeira descomunal e que enjoem o "molho"... mas não devo ter muita sorte. É que o mar continua infestado... e enquanto houver comida os tubarões não arredam... 

nota: os meus agradecimentos ao National Geographic pelo documentário sobre a vida marinha, onde me inspirei para fazer este post.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Mas o que é que se passa com a FNK-P?

Ao que parece, a Kaizen Karate Portugal não interessa à FNK-P. Ao que parece a Kaizen é uma Associação de pouca importância e de gente de pouca importância.
Apesar de estar em pleno desempenho de funções e de ter já dado provas de uma dinâmica enorme, a Kaizen ainda não é membro efectivo da FNK-P. Porquê? Não se sabe... imagina-se mas não se sabe. O que é facto é que desde 2009 que a Kaizen está à espera de ser reconhecida e aceite na Federação numa Assembleia Geral e que, apesar de já ter havido duas, continua à espera. Porquê? Não se sabe. Uma coisa, no entanto, sabe-se - A Kaizen paga a sua inscrição anual como Associação desde o seu início. A Kaizen paga as inscrições dos seus praticantes a tempo e horas - para isso a Kaizen é recebida. Direito de voto? Não! Porquê? Não se sabe...
Como não se sabe porquê, leva-nos a imaginar coisas... teorias de conspiração.... Será porque é uma Associação com alguma dimensão... uma dimensão que "faz sombra" a algumas pessoas que aspiram a ser os maiores não admitindo "entraves" a esta aspiração? Será por "pressão exercida por alguns "mal-amados" que vivem minando mentes (fracas) para sobreviverem? Será porque "rancores" antigos toldam o discernimento daqueles que estão obrigados à isenção? Será porque estamos a mostrar aquilo que alguns não conseguem mostrar e assim, num acesso de "ciúme" doentio colocam obstáculos à admissão da Kaizen na FNK-P? Será porque elementos pertencentes à FNK-P estão "emocionalmente" ligados a outra Associação não lhes convém a nossa admissão? Ou será por grande desleixo e desinteresse numa gestão clara e honesta do que devia ser uma Federação?
Repito...não sei... são apenas teorias... se alguém tiver mais alguma que queira partilhar, "be my guest".
O que posso aqui desde já aqui afirmar é que não vejo com bons olhos a filiação dos meus alunos numa federação que me ignora e me desrespeita - porque é exactamente isto que está a acontecer - um desrespeito claro e absurdo.
500 euros de quota anual Associativa a somar às inscrições dos (muitos) alunos é, pelo menos, uma razão de peso para sermos admitidos já que o prestígio que angariámos pelo nosso próprio esforço não é levado em conta. 
Com esta atitude continuamos a não ter direito de voto, ainda... deixo aqui as questões:

FNK-P... será que vale mesmo a pena? 

Que benefícios estamos a tirar das quotas que pagamos?

Quem se sente "ameaçado" com a nossa admissão?

Onde está a isenção de um órgão que devia primar por ela?

Em nota de "rodapé" deixo aqui um comentário à proposta de aumento do Seguro Desportivo por haver grande "indíce de sinistralidade" no Karate - Este suposto índice anda onde? Provavelmente na competição. Dou aulas há muitos anos e apenas tive uma participação de seguro - um aluno que fez uma pequena fractura no dedo do pé que ficou preso na junção do Tatami. Dou aulas quase todos os dias. Sorte? Talvez. Cuidado? Certamente! No meu Dojo treina-se duro mas controladamente. O que é facto é que, a haver aumento no preço do seguro (que parece ter mesmo de haver) vamos "comer" todos. 
Como em tudo na vida há os que f...em, e os que são f....dos. Eu já estou cansado de ser dos últimos.

domingo, 11 de setembro de 2011

O Goju-Ryu na saúde dentária...

Quem tenha dúvidas sobre a versatilidade do Karate Goju-Ryu tem aqui a prova disso. Perante uma extracção difícil de um molar cariado, um karateka de renome mundial (pelo menos em Queluz de Baixo) aplica uma inovadora técnica de extracção dentária num pobre e sofredor doente.
Este doente já vinha sofrendo de dores terríveis mas, não conseguindo consulta pelos meios mais convencionais, aceitou submeter-se a esta técnica pioneira de extracção dentária.
Após a intervenção não pudemos ainda constatar o êxito da intervenção porque não conseguimos localizar o sujeito em causa.
Acreditamos no sucesso deste novo procedimento.

Uma parceria Kaizen/GNR sempre, ao serviço da saúde dentária...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A versatilidade incontestável do Karate...

Deparei agora mesmo, no Facebook, com um vídeo, publicado pelos meus amigos César Silva e João Coutinho, que me impressionou.
É um vídeo que demonstra claramente a versatilidade do Karate ao mesmo tempo que demonstra as capacidades da mente humana em não se deixar abater face a uma grande adversidade.
É um vídeo bonito porque nos dá razão quando "apregoamos" que o karaté é para todos! É mesmo para todos... os que conseguem com alguma facilidade e os outros... aqueles que mesmo condicionados por uma deficiência, conseguem fazer coisas maravilhosas como este senhor.
Esta karateka não assumiu a condição de "coitadinho do aleijadinho" e tomou uma atitude de vencedor que se confirmou com esta demonstração espectacular.

Vejam com atenção... O karaté é fascinante em toda a sua plenitude como se pode ver aqui...




De volta à actividade...

Demos início a mais uma época desportiva, no passado dia 2 do corrente mês. Embora alguns dos meus "velhos" alunos estejam a gozar umas merecidas férias, outros já começaram. 
Na classe infantil conto já com bastantes novas inscrições, o que é um bom indício. Na classe dos adultos, o regresso está, como disse, a fazer-se gradualmente.
Estou entusiasmado com o retomar dos treinos (embora com os cintos negros tenha sempre feito pelo menos um treino semanal) e espero que o "pessoal" esteja também ansioso por retomar a "batalha".
Aos que estão de férias, desejo-lhes um bom descanso que cá esperaremos por eles para os voltar a cansar... aos que já regressaram... vamos à luta! 

sábado, 27 de agosto de 2011

Uma mente viva e flexível...

Na Kaizen estamos a dar início a um tipo de encontros de Instrutores, cuja finalidade é a de “acertarmos agulhas”, ou seja, aproximarmos a nossa técnica base de modo a não haver diferenças substanciais especialmente nas katas.
Este trabalho tem sido interessante. Interessante porque, apesar de não haver grande diferença técnica, há, sem sombra de dúvida, muita diversidade de conceitos, aplicações e interpretações.
Embora a nossa escola seja comum, estamos a chegar à conclusão que os nossos "olhos" dão diferente cor ás coisas. Uma aplicação que para mim tem uma finalidade (salvaguardando todas as interpretações livres que se queiram dar), para outro instrutor tem outra completamente diferente. Isto é normal mas coloca algumas questões e já nem vou falar no que é tradicional ou não, porque essa é uma conversa já gasta - falo apenas dos aspectos de pormenor que nós levamos a vida a enfiar na cabeça dos nossos alunos porque é essa a nossa forma.
Embora sabendo que há alguma "flexibilidade" na aceitação do que é 100% correcto (porque ninguém sabe ao certo o que é 100% correcto), havendo alterações de base num determinado movimento que se treina há muitos anos, tem de haver alteração no seu significado. É confuso? Eu vou tentar explicar o que quero dizer: tomemos como exemplo a nossa kata de base Gekisai Dai Ichi. O mae geri é baixo! Sempre o treinei assim. É ao nível gedan - sempre o treinei assim. Faz parte do conceito de distância do estilo, ou não? O Goju-Ryu identifica-se com o combate a média-curta distância com particular ênfase para a curta distância. As nossas posturas mais altas reflectem esse significado - o nosso hikité próximo dos músculos peitorais também reflectem esse significado. 
Tendo em conta todos estes factores e sabendo a bunkai base desta kata porque é que alguns karatekas (e não estou a falar de principiantes - falo de cintos negros!) teimam em executar os mae-geri acima da linha de cintura e até ao nível jodan? Fica mais bonito? Recusam a aplicação base ou simplesmente "adaptaram" a kata aos olhos dos "papa-competição"?
Dizem uns que o que interessa é a postura, dizem outros que o que interessa é a finalização e dizem ainda outros que nada disto interessa - o que interessa é "estar lá a intenção".
E estamos a falar da nossa kata mais básica, se avançarmos para uma Seipai ou Kururunfa as   diferenças conceptuais são muito maiores.
Então o que fazer? Continuar a executar a técnica como sempre se fez? Modificar a nossa técnica de modo a aproximar-se da generalidade?
Durante muitos anos estive ligado à IOGKF. Enquanto lá estive as coisas estavam definidas de uma forma única e não havia discussão - tirando um ou outro pormenor, todos executavam a técnica baseada numa forma padrão, definida pelo instrutor Chefe que a recebia do Sensei Higaonna. A informação não abundava como hoje e sempre tomei como garantida a "correcção" técnica que recebia daquela associação. Durante anos foi assim. Depois, mais tarde, começam a surgir também pelo Sensei Higaonna, alterações ao que se fazia há anos. Dizia-se então que o Sensei Higaonna estava num processo de investigação e que chegara à conclusão que afinal, era assim! O tempo passa e aparece uma das mais revolucionárias formas de ver o mundo - a Internet. Os vídeos caem na rede aos molhos e, de repente, começa-se a ver o Goju-Ryu de outras associações, feito de forma diferente da nossa - sacrilégio! aquilo está errado! Nunca se fez assim! 
Não estávamos preparados para ver as coisas de outro modo mas sobretudo não percebemos ou demorámos muito tempo a perceber que a "nossa" escola era apenas, mais uma e não a única. 
Hoje, dentro da mesma associação temos diferentes "visões". Porque tivemos o privilégio de treinar com vários mestres dentro do mesmo estilo mas com escolas diferentes. Daí tirámos conceitos e até atitudes relativamente ao treino que absorvemos, aceitámos como correctas e que correspondem aos nossos próprios padrões de treino. 
Eu reconheço que não aceito muito bem a mudança - é um defeito. A mudança, desde que feita com sobriedade, é evolução - mas confesso... não gosto muito de alterar o que faço e me sinto bem  a fazer há muitos anos. Não abraço o "tradicional" porque ninguém sabe o que isso é, mas também não abraço a forma algo anárquica de "fazer evoluir" o karate. Não me interpretem mal, acredito na evolução do karate como forma do próprio karate se enriquecer, não acredito é na bandalheira.
Um dos aspectos mais gratificantes do meu treino é o facto de "começar" a perceber o próprio estilo. Estou numa fase em que me dá muito prazer descobrir as razões de ser de determinados aspectos do estilo. Quanto mais descubro mais percebo o quanto me falta descobrir porque, sempre que "levanto a ponta do véu" descubro outra ponta que me vai conduzir a novas descobertas - nunca vos aconteceu? e isto é espectacular! Como acredito que isto acontece com todos os outros instrutores, imaginem a diversidade e a catadupa de conceitos e interpretações que por aí andam! Agora imaginem a riqueza que representa a partilha de todas estas experiências e ideias! É nesse sentido que dou muito valor a estes e a outros encontros. Hoje, durante uma hora e meia que durou o treino (foi pouco tempo mas foi concentrado!) discutiram-se diferenças que até se consideraram de menor importância mas que representam, afinal, o nosso próprio cunho. 
O que posso dizer como nota final? Vou tentar manter a mente aberta e aceitar mais facilmente outras interpretações - se calhar até vai ser interessante.José Ramalho... abre os olhos! 

domingo, 21 de agosto de 2011

O reencontro de velhos amigos...

É com muita satisfação que se reencontram velhos amigos. É também com muita satisfação que se percebe que não perderam o "bichinho" do Karate e é também com muita satisfação que vemos que a técnica não se perdeu.  
Neste período de férias tenho dado treinos de cintos Negros à 4ª Feira. Porquê à quarta-feira? Pela mesma razão que a maioria dos restaurantes servem cozido nesse dia - porque sim!
Então, nesse dia, convido os cintos negros a participarem neste treino e até tenho tido "casa cheia" tendo em conta que a "casa" é o Hoshin-Do, um Dojo de pequenas dimensões.
Tenho tido a participação não só dos "meus" cintos negros, como de alguns de outros Dojos o que muito me satisfaz.
Convidei também um karateka da velha guarda com o qual troco alguns e-mails mas que, por força das contingências da vida pessoal e profissional, não tem sido possível o encontro físico.
Foi com muita alegria que recebi a sua visita nos dois ultimos treinos.
Estou a falar do Sensei Fernando Santos, 3º Dan, que era uma das referências em termos técnicos no Clube Atlético de Queluz onde treinámos juntos nas décadas de 80 e 90.
O Fernando era já um graduado quando me iniciei no Goju-Ryu e um dos melhores. Pessoa afável e amiga de ajudar foi um dos graduados com que mais me identifiquei pela sua postura e qualidade de treino.
Temos podido partilhar recordações mas também novos conceitos de treino o que tem sido fantástico.
É sempre bom revermos os bons amigos e, neste caso, particularmente bom podermos treinar em conjunto num ambiente descontraído onde a amizade e a partilha são as notas dominantes.
Dizia um amigo meu há tempos em conversa que o Karate era uma "doença" para a qual não existe vacina. 
É bem verdade...

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A mediocridade que tolda a visão...

De vez em quando faço um "passeio" pelo Youtube na pesquisa de outras escolas de karate e de outras visões da nossa arte. É assombroso o número e a diversidade de vídeos e isto sem saír da pesquisa Goju-Ryu. Assim que entramos na pesquisa por karate, como é evidente, a coisa transborda.
Num desse passeios encontrei um 5º Dan que executava Seiyunchin. À parte do kiai que ele executava no empi-uchi em vez de o executar nos age-tsukis (segundo a nossa escola), a kata estava muito bem executada, bom kime, boa forma (algumas diferenças da "nossa" Seiyunchin, mas nada de relevo).
Dei-me ao trabalho de ler alguns comentários feitos ao vídeo e fiquei abismado com o "fanatismo" de alguns supostos mestres na análise ao mesmo. Desde incompetente a aldrabão, tudo chamaram ao senhor apenas porque a kata demonstrada não era igual à sua.
A maior parte destes comentários depreciativos veio dos Estados Unidos o que não me surpreende, tendo em conta o "achincalhamento" que algumas ditas escolas americanas fazem ao Karate.
Dizia um "artista" num dos comentários que "o autor devia ter vergonha de chamar aquilo Goju-Ryu porque em nada se assemelhava às katas originais (será que o sujeito estava lá quando as katas foram ensinadas pelo Sensei Chojun miyagi??). Outro dizia que o nível técnico da execução era semelhante ao de um iniciado e que não devia ter sido colocado na net um vídeo com tão "fraca qualidade", enfim... um chorrilho de ofensas e ataques que me deixou boquiaberto. Era para visionar mais alguns vídeos mas não consegui deixar de ler todos os comentários. Pelo meio apareciam alguns comentários que referiam a kata como muito boa tecnicamente, com diferenças de algumas escolas mas diferenças que, ao invés de adulterarem a kata, lhe davam um significado diferente em alguns pontos, mas válidos.
Um dos comentários era de um senhor que dizia der 6º Dan de Goju-Ryu e que postou o comentário seguinte: "tomara eu que os meus alunos todos executassem Seiyunchin assim."
Consegue-se imaginar as mentalidades obtusas daqueles que se deram a "ares" de grandes mestres criticando sem ver a sério, sem observar, detendo-se em pormenores que, por diferirem da sua execução, não é garantia de estarem errados.
Alguns dos comentadores limitaram-se a seguir a linha de estupidez dos primeiros por comodismo, associando-se de imediato à crítica destrutiva, talvez para desviar as atenções da sua própria mediocridade.
Durante o Summer Gasshuku da GKI todos vimos diferentes abordagens do Goju-Ryu. Provavelmente não nos identificamos com algumas delas, mas estão erradas por isso? Em conversa com o Sensei Arnold de Beer confidenciava-me ele que, nos exames de graduação não iriam ser rigorosos com algumas diferenças que esperavam ver desde que fossem válidas e desde que não adulterassem a finalidade expressa na kata. Vimos execuções de Katas e Bunkai completamente diferentes umas das outras. Algumas bem executadas e outras não - mas isso sim, é que é avaliado.
A quantidade de "comentadores de mentalidade limitada" que existe é assombrosa. Felizmente que, pelo meio, aparecem aqueles que realmente sabem observar e assimilar as diferenças como uma coisa saudável e que dá ao karate a sua dinâmica, tornando-o numa coisa viva.

Yudansha Geiko


A Kaizen Karate Portugal vai organizar um Retiro de Cintos Negros a ser levado a cabo nos dias 8 e 9 de Outubro, no SportHotel da Golegã.
A orientação deste evento estará a cargo so Sensei Aivaras Engelaitis, um 5º Dan da Lituânia, e ligado à escola goju Jundokan So-Hombu. Este Sensei é considerado por muitos como o melhor aluno europeu do Sensei Masaji Taira - 8º Dan.

Por ser um evento da maior importância e uma oportunidade para "alargar horizontes" é fortemente aconselhada a sua participação.